
Saiba quais alimentos te ajudam a regular a tireoide
Tratamento e Diagnóstico de distúrbios na tireoide
Saiba como é feito o tratamento e quais alimentos te ajudam a regular a tireoide.
O diagnóstico de distúrbios na tireoide é feito através de exames de coleta de sangue prescritos pelo médico especialista quando relatado sintomas. O exame mede a quantidade de hormônios TSH, hormônio estimulante da tireoide, presente no organismo. Os níveis corretos variam de acordo com o sexo, idade e outros. Conforme estudos, os distúrbios de tireoide têm mais predominância entre mulheres e a chance de desenvolvê-los aumenta à medida que a pessoa envelhece.
Em casos de diagnóstico positivo para hipotireoidismo, o tratamento consiste em reposição ou suplementação hormonal através de medicamentos. Geralmente o paciente precisa seguir com o tratamento durante a vida toda.
Se o quadro for de hipertireoidismo, o médico especialista prescreve inibidores de produção de hormônios. Em alguns pacientes o uso de remédios pode não ser suficiente e terapias como Iodo radioativo, ou até mesmo a cirurgia da remoção da tireoide, a tireoidectomia, podem ser indicadas.
Após a tireoidectomia, o paciente também necessitará fazer reposição hormonal diariamente. Além desses, há casos de hipotireoidismo congênito, em que o bebê nasce com distúrbio na tireoide. Nessas situações, o diagnóstico é feito através do teste do pezinho.
Auto-Exame da Tireoide:
Além do hipo e hipertireoidismo, também é comum o surgimento de nódulos na tireoide, que podem ou não ser cancerígenos. O que vai determinar a forma com a qual o médico irá prosseguir com o tratamento. Para estimular o diagnóstico precoce desses nódulos, as autoridades de saúde recomendam que o paciente que sofre com doenças associadas a tireoide, ou começou a perceber dor, desconforto na região, dificuldade para engolir ou inchaço, faça o autoexame da tireoide.
O autoexame é simples e pode ser feito em casa, mas não deve de maneira alguma ser entendido como um substituto ao diagnóstico médico. O autoexame consiste em observar o movimento da tireoide durante a deglutição. Para isso a pessoa vai precisar de um copo de água e um espelho.
Ela deve se posicionar de frente para o espelho, com a cabeça levemente inclinada para trás e se observar enquanto bebe água. Deve reparar se a tireoide sobre e desce normalmente e se aparecem caroços na região. Se a pessoa não tiver certeza pode repetir a análise várias vezes.
Alimentação:
O tratamento com remédios tanto em casos de hipertireoidismo quanto de hipotiroidismo pode ser complementado com uma alimentação equilibrada que ajudará muito o paciente a manter a tireoide controlada ou a prevenir possíveis problemas na glândula.
O iodo, mineral que podemos adquirir através de nossas refeições, possui um papel fundamental no desempenho da tireoide. A glândula utiliza o iodo na produção dos hormônios T3 e T4, se há um excesso desse mineral no organismo, a tireoide inflama e o sistema imunológico a ataca, o que pode levar a glândula a um estado de hipoatividade. Por outro lado, se o iodo está presente em quantidades menores do que as necessárias, a tireoide fica sem matéria prima para produzir o T3 e T4, o que também pode provocar o quadro de hipotireoidismo.
Em regiões do mundo onde há grandes deficiências de iodo, o hipotireoidismo e o bócio (crescimento anormal da glândula) se tornam problemas endêmicos. Esse problema é muito presente na África, onde atualmente 6 países estão na categoria de deficiência de iodo moderada à grave.
A fim de evitar esse quadro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) passou a recomendar a iodação do sal de cozinha, que é feita no brasil desde 1953.
Como o hipotireoidismo é muito mais recorrente que o hipertireoidismo, os principais alimentos recomendados para se manter a saúde da tireoide são aqueles ricos em iodo. Porém, devem ser consumidos nas quantidades certas, sem excesso, principalmente em relação ao sal de cozinha.
O iodo pode ser encontrado em alimentos como peixes, do mar, algas marinhas, camarão e ovos. Outros alimentos que contribuem para a saúde da tireoide são aqueles que possuem grandes quantidades de Zinco (ostras, carnes, sementes de abóbora, feijão, amêndoa, amendoim), Selênio (castanha-do-pará, farinha de trigo, pão, ovo) e Ômega 3, encontrada em abacate, óleo de linhaça e peixes ricos em gordura, como salmão, sardinha e atum.
Por outro lado, alimentos como a soja devem ser evitados, por interferir na absorção de tiroxina. E outros alimentos, os chamados goitrogênicos (como couves, repolhos, brócolis, rabanetes e nabos) que interferem na absorção de iodo e não devem ser consumidos crus com frequência.
Quem deseja ter uma tireoide mais saudável deve evitar também o cigarro. Atualmente estudos indicam que ele pode agravar os sintomas relacionados com o hipotiroidismo além de aumentar o risco da pessoa desenvolver Doença de Graves, principal causadora do Hipertireoidismo. Também no hipertireoidismo o tabaco intensifica os sintomas como taquicardia.
Além disso, fumantes costumam ter uma pior resposta ao tratamento da tireoide do que não-fumantes.
Pacientes com distúrbios de tireoide também devem evitar ao máximo o consumo de álcool. A ingestão de bebidas alcoólicas inibe a produção de hormônios hipofisários e hipotalâmicos. Esses hormônios são produzidos por regiões chave do cérebro, responsáveis também pela modulação hormonal do T3 e T4.
Outro detalhe importante, é que embora associamos muito a questão do hipotireoidismo ao ganho de peso, isso não é um diagnóstico imperativo. Ou seja, há sim uma facilidade maior em ganhar peso se você sofre com uma tireoide hipoativa, mas com o tratamento adequado, e fazendo uma reposição hormonal, você poderá, assim como qualquer outra pessoa, ter as chances de emagrecer e ter um corpo saudável através de uma dieta saudável e da prática de exercícios físicos.
Percebemos que assim como ocorre com todas as outras áreas do nosso corpo, o segredo para ter um corpo saudável é sempre o mesmo, evitar maus hábitos e manter uma alimentação saudável e uma prática de exercícios regular. Isso com certeza tem um papel protagonista no bem estar do paciente, aliado à um tratamento médico correto.
A glândula tireoide é de extrema importância para nosso corpo. Ela é responsável pela produção dos hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) e a calcitonina, que garantem o bom funcionamento do nosso metabolismo. Além disso, a tireoide também regula importantes funções do coração, cérebro, fígado e rins.
Por isso, alterações nessa glândula afetam o organismo, acometendo funções do corpo e comprometendo o nosso bem-estar.
Os dois principais distúrbios relacionados à tireoide são o Hipotireoidismo e o Hipertireoidismo. O hipotireoidismo ocorre quando há uma baixa produção dos hormônios, já o hipertireoidismo consiste no oposto, quando a tireoide produz hormônios em excesso.
Os sintomas das doenças também são diferentes. No hipotireoidismo costumam surgir sintomas de ganho de peso, perda de apetite, cansaço, redução dos batimentos cardíacos, intolerância ao frio, sonolência, queda de cabelos, intestino preso, menstruação irregular, depressão e dificuldade de raciocínio.
Já no hipertireoidismo, o paciente pode sentir excesso de apetite, perda de peso, agitação, suor excessivo, ansiedade, intestino solto, intolerância ao calor, pensamento acelerado e dificuldade para raciocinar, além de queda de cabelo e também menstruação irregular. Fraqueza muscular e inchaço na região do pescoço (chamado bócio), também podem surgir.
A principal causa do hipotireoidismo é a Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune na qual o sistema imunológico produz anticorpos contra a glândula da tireoide. Esses anticorpos reduzem a atividade da glândula fazendo com que haja a baixa produção dos hormônios T3 e T4, levando ao hipotireoidismo.
No hipertireoidismo, por sua vez, a causa mais comum é a doença de Graves, onde também ocorre um ataque do sistema imunológico à tireoide, mas que a faz aumentar de tamanho e produzir hormônios em excesso.
O diagnóstico de distúrbios na tireoide é feito através de exames de sangue prescritos por médico especialista quando relatado sintomas. O exame mede a quantidade de hormônios presentes no organismo. Os níveis corretos variam de acordo com o sexo, idade e outros.
Ambas são doenças crônicas que não têm cura, mas podem ser tratadas. Quando se trata do diagnóstico de hipotireoidismo o tratamento consiste em reposição ou suplementação hormonal através de medicamentos, afim de compensar a produção insuficiente da glândula. Geralmente o paciente precisa seguir com o tratamento durante a vida toda.
Já no caso do hipertireoidismo, o médico especialista prescreve inibidores de produção de hormônios. No caso de alguns pacientes, o uso de remédios pode não ser suficiente e podem ser indicadas terapias com Iodo radioativo ou, até mesmo, a cirurgia da tireoide.
A cirurgia para remoção da tireoide, também chamada de tireoidectomia é um tratamento permanente que consiste na redução do tecido da tireoide a fim de diminuir a produção de hormônios.
Hipotireoidismo congênito
O hipotireoidismo congênito se caracteriza quando a criança já nasce com o distúrbio na tireoide. As principais causas são: não formação ou formação incompleta da glândula tireoide; formação em local irregular da glândula tireoide; defeitos na síntese dos hormônios da tireoide; lesões na hipófise ou hipotálamo, que são duas glândulas no cérebro responsáveis pela produção e regulação dos hormônios.
O hipotireoidismo congênito pode causar problemas graves de desenvolvimento e intelectuais se não for tratado a tempo. O distúrbio não tem cura, mas quando é descoberto e tratado cedo, podem ser evitados. O diagnóstico é feito ainda na maternidade através da triagem neonatal e exame do pézinho, e o tratamento de reposição hormonal é iniciado logo em seguida, impedindo o surgimento dos sintomas.
Tireoidite de Hashimoto e Doença de Graves:
A tireoidite de Hashimoto, é o tipo mais frequente de inflamação da tireoide, e a causa mais comum de hipotireoidismo. Não se sabe por quais motivos, mas quando há tireoidite de Hashimoto, o próprio sistema imunológico ataca o corpo, uma reação autoimune, onde glóbulos brancos invadem a glândula da tireoide e os anticorpos a atacam. Durante esse processo, a atividade da glândula é reduzida e há uma queda na produção dos hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), o que pode evoluir para um caso de hipotireoidismo.
Os sintomas da tireoidite de Hashimoto que costumam surgir são: inchaço na região do pescoço, um aumento da tireoide firme e indolor, com uma sensação granulosa e nodular ao toque. Se a glândula já estiver hipoativa, os sintomas serão os de hipotireoidismo já citados.
Por se tratar de uma doença autoimune, não se sabe ao certo o que causa a tireoidite de Hashimoto, mas há indícios de causas genéticas. Além disso, fatores como estresse físico e mental, além do consumo excessivo de iodo — presente no sal de cozinha — também podem favorecer o início da doença. Segundo estudos, a doença é mais prevalente em mulheres idosas.
Outras causas para o hipotireoidismo além da tireoidite de Hashimoto podem ser: tratamento de hipertireoidismo ou câncer da tireoide, falta de iodo no organismo, aplicação de radiação à cabeça e pescoço e outras inflamações virais na tireoide.
O tratamento do hipertireoidismo ou do câncer da tireoide pode causar hipotireoidismo porque o iodo radioativo ou os medicamentos utilizados no tratamento interferem na capacidade da glândula de produzir hormônios T3 e T4. Já remoção cirúrgica da tireoide também resulta em produção deficiente desses hormônios, mas geralmente após a cirurgia o paciente passa a fazer a suplementação hormonal através de remédios.
Em países em desenvolvimento, a ausência de uma dieta rica em iodo é uma das principais causas de hipotireoidismo, mas no Brasil esse risco é menor porque o iodo é adicionado ao sal de cozinha. Deve-se estar atento a um equilíbrio apenas, a fim de evitar o oposto, o excesso de iodo que pode causar tanto hipo como hipertireoidismo.
A Doença de Graves, assim como a tireoidite de Hashimoto, é autoimune, em que o sistema imunológico não reconhece as proteínas da glândula da tireoide e a ataca, estimulando a sua produção hormonal e fazendo-a aumentar de tamanho. A Doença de Graves é a causa mais comum de hipertireoidismo, e também é a única que além dos sintomas comuns também pode causar irritabilidade e sensibilidade nos olhos. Ela acomete mais as mulheres, principalmente as que estão na faixa entre os 20 e os 50 anos, apesar de poder surgir em qualquer idade.
Causas genéticas também são apontadas como fatores de risco para o hipertireoidismo, por isso é preciso estar alerta caso haja familiares com esse diagnóstico.
Além da Doença de Graves, o hipertireoidismo também pode ser causado por outros fatores como: ingestão excessiva de iodo, tireoidite devido a infecções virais, a tireoidite após o parto, tumores não-cancerígenos da tireoide ou da glândula pituitária, superdosagem de hormônio da tireoide ou tumores nos testículos ou ovários.
Embora se tratem de doenças crônicas, e que, portanto, não têm cura, os distúrbios na tireoide podem prejudicar a qualidade de vida, e por isso é importante o paciente ter um acompanhamento médico e um diagnóstico adequado, principalmente se possuir algum fator de risco.
Em caso de dúvidas, procure um especialista.