O diabetes tipo 2 é uma doença fortemente relacionada à obesidade, sedentarismo e envelhecimento, por isso, sua prevalência e gravidade em idosos também é maior. Não é à toa que a maior parte dos cerca de 14 milhões de diabéticos do Brasil são idosos.
Complicações do diabetes em pessoas idosas
Um dos principais motivos pelos quais os pacientes idosos com diabetes necessitam de cuidados específicos é porque neles o risco de complicações como perda de visão, amputações e danos aos rins e aos nervos decorrentes da doenças é maior. Tanto por conta da idade avançada, quanto por conta dos efeitos de anos de um organismo exposto ao diabetes, como é o caso de muitos idosos.
A glicemia descompensada agrava condições da terceira idade. Ela pode incapacitar mais o idoso, pois além de aumentar o risco de demências como o Alzheimer e de neuropatia diabética, ela exige o uso de muitos medicamentos e acarreta outros problemas que afetam a qualidade de vida e aumentam o risco de morte do paciente.
Por isso, é importante lembrar que os idosos diabéticos podem ter sintomas diferentes dos adultos jovens. De modo geral, pessoas idosas tendem a ter maiores taxas de açúcar no sangue, uma vez que os rins e fígado não funcionam mais como os de um jovem, causando alterações de apetite, o que é também um dos motivos pelos quais o diabetes tende a ser mais grave nessa faixa etária.
Controle da doença em idosos
O controle do diabetes também pode ser difícil para pessoas idosas, uma vez que muitas delas têm movimentos limitados e por isso são impossibilitadas de praticar exercícios físicos, que são essenciais para o controle e tratamento do diabetes. O ideal é que, se possível, por mais limitados que sejam os movimentos, mesmo que sejam caminhadas leves ou com ajuda, o idoso não fique parado. Se for uma pessoa acamada, ou que utiliza dispositivos de ajuda na mobilidade (andadores, cadeira de rodas, bengalas, etc.), os exercícios de fisioterapia são uma boa opção para não ficar completamente sedentário.
Também é necessário muito cuidado com os pés, especialmente no corte das unhas, limpeza e tratamento de machucados e uso de sapatos apertados, uma vez que existe o risco do idoso ter ou desenvolver pés diabéticos. Essa é uma complicação própria do diabetes caracterizada pela ausência de sensibilidade na região e dificuldade de cicatrização nos pés por causa do dano do diabetes e isso pode gerar uma série de outros problemas, como necessidade de amputação do membro em casos graves.
E vale lembrar que um dos cuidados mais essenciais é com alimentação, que deve ser sempre orientada de perto por um médico especialista. Quanto mais cedo começar os cuidados com os níveis de gordura, glicose, massas e açúcar nas refeições, melhor será o controle do diabetes na terceira idade. Optar por uma alimentação equilibrada e saudável, pobre em gordura e rica em frutas, verduras e e legumes nessa fase da vida é ainda mais essencial para a manutenção da saúde.
Com cuidado e atenção, e seguindo as orientações médicas, mesmo pessoas idosas podem viver bem com uma doença crônica como o diabetes.
