Descubra as diferenças entres os diabetes Tipo 1 e 2

Descubra as diferenças entres os diabetes Tipo 1 e 2

Embora ambas sejam doenças crônicas graves, que surgem a partir da deficiência de insulina e do excesso de açúcar no sangue , existem diferenças fundamentais entre essas duas manifestações do diabetes que são importantes compreender para que se possamos entender também como elas são diagnosticadas e tratadas.
O diabetes tipo 1, também conhecido como diabetes insulinodependente, diabetes infanto-juvenil e diabetes imunomediado acomete cerca de 1,1 milhão de crianças e adolescentes com menos de 20 anos no mundo, e esse número vem crescendo mesmo sem causa específica.
Ele é considerado uma doença autoimune, ou seja, uma condição na qual o sistema imunológico ataca o próprio corpo. Nesse caso, o sistema imunológico do paciente com diabetes tipo 1 ataca as células do pâncreas responsáveis por produzir insulina. O tipo 1 é a forma menos comum da doença, e atinge somente de 5 a 10% dos pacientes diagnosticados. Ele geralmente surge na infância, apesar de também poder se manifestar na adolescência e fase adulta.
O tratamento para diabetes desse tipo consiste em injeções diárias de insulina que a pessoa precisa tomar por toda a vida e no controle da ingestão de açúcar, a fim de evitar oscilações perigosas nos níveis de insulina. Para pacientes diagnosticados com diabetes tipo 1 é indicado que seja feito também um controle dos níveis de glicose no sangue que pode ser realizado através de medição via glicosímetro. O médico deve elaborar um cronograma para a realização destes testes em casa. Ele pode ainda definir metas relativas as taxas de glicose do paciente que o ajudarão a definir uma dieta voltada para o cumprimento daquelas metas. O cuidado com a alimentação, buscando evitar as fontes de açúcar e carboidratos simples também é necessário.
Os principais sintomas do diabetes tipo 1 são sede constante, necessidade aumentada de urinar, cansaço, fraqueza, aumento do apetite e perda de peso sem causa aparente. Os pais devem estar especialmente atentos a esses sintomas nas crianças. 

INTERFERÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO:

O diabetes tipo 1 é uma doença que pode interferir no crescimento e no desenvolvimento da criança, porque afeta os níveis de glicose no corpo. Como nosso organismo utiliza a glicose como combustível para o funcionamento de variadas células, quando uma criança com diabetes está com seus níveis de açúcar no sangue descontrolados, sejam eles muito altos ou muito baixos, as células responsáveis pela fabricação dos ossos, tendões e cartilagens têm seu crescimento prejudicado, e a tendência é que a criança cresça menos. Também por isso, a chegada da puberdade é prejudicada, tanto em meninos quanto em meninas.
O diabetes tipo 2, apesar de possuir fatores genéticos que influenciam no aparecimento da doença, está fortemente associado ao excesso de peso, má alimentação, sedentarismo e maus hábitos, como tabagismo e ingestão frequente e em excesso de álcool. No diabetes tipo 2, o que ocorre é que o corpo cria uma resistência à insulina e a insulina produzida pelo corpo não é suficiente para todo o açúcar no sangue. Atualmente, aproximadamente 9,3% dos adultos, entre 20 e 79 anos, cerca de 463 milhões de pessoas, no mundo, possuem diagnóstico de diabetes.
Os sintomas do tipo 2 são muito parecidos com o tipo 1, incluindo a sede excessiva, necessidade aumentada de urinar fome em excesso e fadiga, além de visão turva.
O tipo 2 acomete 90% dos pacientes com diabetes. Ele geralmente se manifesta em pessoas com mais de 30 anos, mas devido a fatores como obesidade, pode surgir mesmo na infância. O tratamento para diabetes tipo 2 é uma mudança de hábitos alimentares aliada à exercícios físicos, e quando necessário, tratamento com insulina.
O tratamento para diabetes tipo 2 é feito a partir do controle dos níveis de glicose no sangue que tendem a melhorar com uma alimentação saudável e exercícios físicos. Em casos mais graves, o médico pode sugerir uma intervenção com medicamentos ou insulina. Se essa combinação de tratamentos também não apresentar os resultados esperados, pode ser indicado, em caso de pacientes com obesidade, a cirurgia metabólica, que ajuda a controlar a doença.
 

PRÉ-DIABETES

Essa é uma condição de risco para o desenvolvimento de diabetes. Durante essa fase, a pessoa possui nível de glicemia acima do ideal, mas não alto o suficiente para ser considerado diabetes. Os níveis de glicemia que caracterizam um estado de pré-diabetes são de 100 a 125 mg/dl, abaixo disso é considerado um nível saudável e acima disso já é tido como diabetes.
Os pré-diabéticos devem ser tratar e controlar os níveis glicêmicos a tempo para evitar o risco eminente de se desenvolver o diabetes. Esses casos não costumam apresentar qualquer sintoma e pode durar de 3 a 5 anos. Se durante este período a pessoa não se cuidar é muito provável que desenvolva diabetes.
Pessoas que possuem algumas pré-condições como idade de 45 anos ou mais, casos de diabetes na família, excesso de peso e acúmulo de gordura no abdômen, sedentarismo, hipertensão arterial, níveis baixos de colesterol HDL e/ou triglicérides elevados, ocorrência de diabetes durante a gravidez ou Síndrome do Ovário Policístico (SOP) devem fazer um controle regular dos níveis glicêmicos a fim de diagnosticar um possível quadro de pré-diabetes e prevenir o agravamento do quadro.
 

AÇÕES COMUNITÁRIAS

Os principais meios de prevenir e controlar os tipo 1 e 2 são através de ações individuais. Mas com certeza um ambiente familiar e uma comunidade que incentiva os cuidados necessários contribuem muito para esse processo. Principalmente na prevenção no diabetes tipo 1 que acomete as crianças, é importante que haja por parte das escolas e da família um cuidado e atenção redobrada às refeições e aos possíveis sintomas que a criança possa estar apresentando. Já quando falamos de diabetes tipo 2, ter refeições familiares saudáveis, com pouco açúcar e praticar atividades físicas em grupo também auxilia na prevenção e controle. As autoridades de saúde também devem fazer a sua parte promovendo conscientização e facilitando o acesso à exames e ao tratamento da mesma.
Em ambos os casos, tipo 1 e 2, é extremamente necessário diagnóstico precoce, acompanhamento de um médico especialista e tratamento.

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