Fatores de risco: Você já se perguntou por que os homens vivem menos que as mulheres?
Dados apontam que em todas as faixas etárias, os homens morrem mais que as mulheres. E sua expectativa de vida é de 7,2 anos a menos que as mulheres.
Essa não é uma realidade exclusiva do Brasil, inclusive. Embora a diferença na expectativa de vida entre homens e mulheres varie de país para país, pode-se afirmar, que, em todo o mundo, os homens vivem menos.
Seria quase impossível apontar uma única causa para explicar por que isso ocorre, alguns estudiosos citam inclusive fatores biológicos e sociais. Mas o que podemos afirmar com toda a certeza é que existem vários motivos relativos à saúde masculina que estão contribuindo para a menor expectativa de vida dos homens. Entre eles:
- O diagnóstico tardio de doenças;
- A negligência com a própria saúde e/ou com sintomas que possa estar sentindo;
- A utilização maior de álcool e drogas;
- A maior exposição a acidentes de trânsito e de trabalho;
- Maior envolvimento em situações de violência;
- Explicando cada fator que contribui para a expectativa de vida masculina menor.
Consumo de álcool
Apesar de essa diferença vir diminuindo, os homens, historicamente, bebem mais que as mulheres. Não é possível quantificar quanto a mais eles bebem, pois são dados que estão mudando constantemente. Mas é certo que, culturalmente, eles consomem mais álcool.
E mesmo que, biologicamente falando, o corpo do homem suporte melhor mais doses de álcool do que o corpo feminino, consumir álcool em excesso não é bom em nenhum sentido. Representa, inclusive, uma maior risco de doenças cardiovasculares, problemas no fígado, pâncreas e alguns tipos de câncer.
Além disso, há indicativos de que os homens também costumam dirigir após beber, mais do que as mulheres. O que, claramente, coloca a vida deles mais em risco.
Tabagismo
Segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel/2019), o percentual de homens fumantes é superior ao de mulheres, sendo quase o dobro em relação a elas.
Os malefícios do cigarro todos nós conhecemos. Ele pode causar muitas doenças, incluindo bronquites, impotência sexual, infarto e AVC e câncer de bexiga.
Alimentação
Enquanto as pesquisas da saúde revelam que as mulheres possuem uma dieta mais rica no consumo de hortaliças, frutas e legumes, os homens, de modo geral, comem mais gordura, sal e carne vermelha.
Uma alimentação assim, rica em gordura e sal e não é balanceada, aumenta as chances para o surgimento de dislipidemia (colesterol e triglicérides alto), além de propiciar a obesidade e doenças no fígado e nos rins.
Os homens vão menos ao médico
Os homens vão menos ao médico que as mulheres. Isso é fato. Diversas pesquisas já observaram esse comportamento. Mas por que isso acontece?
Novamente, não há uma causa única. Mas especula-se que seja fruto de concepções culturais. Os homens alegam ter menos tempo para ir ao médico. E as mulheres em geral são mais responsáveis com a própria saúde e também são as mais responsáveis pela saúde dos filhos. Alguns homens também sentem vergonha/ preconceito de ir ao médico principalmente para fazer exames. Por isso, eles tendem a procurar ajuda médica somente em situações de emergência.
Isso compromete bastante a saúde e expectativa de vida masculina porque, doenças graves e progressivas acabam sendo diagnosticadas tardiamente, e outras condições que necessitam de atenção e tratamento acabam sendo negligenciadas, como hipertensão e obesidade.
Hipertensão
As mulheres após a menopausa e com o envelhecimento começam apresentar maior risco de hipertensão que os homens. Mas, até os 50 anos, são os homens os mais propensos a ter hipertensão. São eles também que demonstram um pior controle e tratamento da condição (explicado pela falta de acompanhamento médico e alimentação inadequada).
Como podemos notar, a maioria desses são fatores de risco que os homens podem modificar a fim de melhorar sua qualidade e expectativa de vida. Começar a se preocupar com a saúde do homem também é fundamental.