Obesidade e transtornos mentais: qual a relação?

obesidade

Infelizmente não é só o corpo que sofre quando se tem obesidade: a mente e o psicológico também padecem. Prova disso é que, em pessoas obesas, a presença de transtornos mentais, como transtorno compulsivo alimentar, ansiedade e depressão, não são raros.

Mas isso não é motivo para desanimar, pelo contrário! É mais um motivo para tratar a obesidade e talvez seja o aspecto que falta para um tratamento mais completo da sua saúde mental!

Relação entre obesidade e doenças mentais

Você provavelmente já deve ter ouvido falar que em muitos pacientes a obesidade é motivada pela compulsão alimentar – um transtorno psiquiátrico no qual se come muito e descontroladamente, como forma de recompensa. Esse transtorno está presente em cerca de 30% das pessoas obesas.

Curiosamente, descobriu-se que no cérebro de uma pessoa com obesidade é comum encontrar falhas no receptor de dopamina. Ou seja, pessoas com essa doença têm uma maior dificuldade para perceber a ação da dopamina e sentir a sensação de bem estar, o que faz com quem muitos busquem na comida o aumento dessa sensação prazerosa. Esse processo é conhecido como circuito de recompensa e é semelhante ao que ocorre no cérebro de pessoas dependentes de outras substâncias, como álcool.

Além disso, a obesidade e sua associação com ansiedade e depressão também são visíveis. É algo muito observado na prática clínica dos médicos e existem pesquisas que já comprovam que um IMC (índice de massa corporal) mais alto causa depressão, tanto com problemas de saúde relacionados ou não. Os impactos psicológicos de ser obeso são apontados como alguns dos principais causadores da depressão nesses pacientes.

Má alimentação + obesidade + sedentarismo: a soma que facilita o desenvolvimento dos transtornos mentais

Não é só o IMC elevado: uma má alimentação e o sedentarismo também são outros fatores que, além de serem muito frequentes em quadros de obesidade, também proporcionam e pioram quadros de transtornos mentais de humor, como ansiedade e depressão.

Por exemplo, o açúcar, bem como os alimentos hipercalóricos e ultra processados, são alguns dos que, comprovadamente, pioram a ansiedade e a depressão. Ter uma alimentação baseada no consumo deles é prejudicial não só para o corpo, como para mente.

Além disso, a falta de nutrientes derivados de alguns outros alimentos também é fator de risco para o desenvolvimento dessas doenças psicológicas. O nosso cérebro precisa de diversas vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos para manter-se saudável. Esses elementos atuam como antioxidantes, anti-inflamatórios e neuroprotetores, e, com isso, ajudam a combater os efeitos do estresse. A carência ou ausência desses nutrientes na dieta, como folato e B12, também proporcionam um agravamento do estado de ânimo depressivo e uma deterioração cognitiva.

Já o sedentarismo, além dos riscos que impõe à saúde do corpo, também significa para a pessoa sedentária uma maior propensão para o desenvolvimento de transtornos mentais.

O exercício físico é importante nesse sentido, porque, além de melhorar a capacidade cognitiva e diminuir os níveis de ansiedade e estresse, também atua diretamente na liberação de hormônios responsáveis pela nossa sensação de bem-estar.

A falta de motivação

A maior dificuldade de tratar conjuntamente a obesidade e os transtornos mentais é que, infelizmente, em muitos casos, a ansiedade e a depressão impedem que o paciente se sinta motivado para seguir com o tratamento para a obesidade.

Mas é justamente essa a maior motivação: tratando em conjunto, mente e corpo, é possível alcançar resultados mais satisfatórios para os dois problemas!

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