É difícil encontrar alguém que nunca tenha começado um novo ano dizendo “Minha meta é começar uma dieta!”. Mas, muitas dessas pessoas, pensariam duas vezes nisso se soubessem ou percebessem que a dieta não é o que realmente precisam. E que, em muitos casos, o que é necessário mesmo é uma reeducação alimentar.
E Você? também confunde essas duas? Então, não se preocupe, pois nesse texto irei explicar a diferença entre elas.
O que é uma dieta?
Se você analisar detalhadamente, vai perceber que todo mundo que busca uma dieta tem algo em comum: o desejo ou necessidade de perder peso e alcançar resultados rápidos.
Além dos objetivos de curto prazo e do caráter imediatista, outras características marcantes das dietas são:
• Geralmente não são acompanhadas por um médico;
• Excluem grupos alimentares como regra, sem considerar as necessidades particulares de cada indivíduo (ex: dieta sem carboidrato);
• São bastante restritivas (a pessoa ganha uma lista extensa de alimentos que não pode comer de jeito nenhum ou precisa ficar longos períodos sem comer);
• Apontam um ingrediente “milagroso” para ser consumido muitas vezes ao dia (ex: dieta da maçã, dieta do limão, dieta da proteína, dieta do vinagre, etc.);
• São muito difíceis de serem mantidas como um estilo de vida permanente;
• Geram efeito sanfona (perda de peso rápida seguida de reganho de peso rápido).
Então isso quer dizer que as dietas são sempre ruins? Quando não orientadas, sim! Mas, em alguns casos específicos, e com a devida orientação médica, as dietas podem ser necessárias.
Como no caso de atletas, por exemplo, que precisam perder peso ou ganhar massa para uma competição. Assim como pessoas em recuperação de doenças e/ou cirurgias, ou pessoas que precisam alcançar algum índice de saúde rapidamente. Nesses casos, o médico elabora para elas um plano alimentar específico, com base naquelas necessidades.
Mas quando se trata de uma pessoa com sobrepeso, que tem dificuldade para se alimentar bem, a dieta não é a solução. Pelo contrário, se embarcar nela sozinho, o paciente estará piorando seu quadro e prejudicando sua saúde.
Diferenças entre a dieta e a reeducação alimentar
Na reeducação alimentar entende-se que nenhum organismo suporta mudanças bruscas. É necessário adaptar-se a um estilo de vida mais saudável e isso é um processo que demanda persistência. Então nela você pode esquecer resultados milagrosos e imediatos.
O segundo ponto é que a reeducação alimentar não é restritiva, ela é substitutiva. Ou seja, você gradualmente se acostuma a trocar alimentos não tão bons para seu organismo (como os ricos em açúcar e gordura), por opções mais saudáveis. Por exemplo, trocar um brigadeiro, por uma pequena porção de um chocolate mais amargo, com menos açúcar. Ou um refrigerante por um suco de fruta natural. E assim por diante. Essas são pequenas trocas diárias a cada refeição que vão construindo hábitos mais saudáveis e dando forma à reeducação alimentar.
Já a terceira diferença é justamente o foco no todo. Na reeducação é diferente de algumas dietas que apontam um ingrediente milagroso, como sendo o segredo por trás de todo o emagrecimento. Nós incentivamos e valorizamos cada troca saudável, mudança positiva e abandono de maus hábitos alimentares na reeducação alimentar. E não adianta apostar tudo em, apenas, um alimento saudável. É preciso cuidar de toda a alimentação, a cada refeição.
Por fim, o quarto ponto, e talvez o mais importante, são os resultados duradouros. Na reeducação alimentar, o foco é mudar a relação da pessoa com os alimentos, de forma que ela possa conquistar um peso saudável e mantê-lo a longo prazo.
