Síndrome dos Ovários Policísticos: saiba o que é, quais são os sintomas e como tratá-la

Síndrome dos Ovários Policísticos: saiba o que é, quais são os sintomas e como tratá-la

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é um distúrbio endócrino crônico caracterizado pelo surgimento de múltiplos cistos ao redor dos ovários, que interferem diretamente na produção hormonal da mulher e provocam o excesso de produção de hormônio masculino (testosterona).
A SOP infelizmente é uma condição muito comum, que atinge cerca de 13% das mulheres em idade fértil no Brasil. Embora não se saiba precisamente o que causa a síndrome, especialistas afirmam a possibilidade de ela ter origem genética, uma vez que tendo casos na família, a probabilidade de desenvolver a doença se torna maior.
Embora em alguns casos se mostre assintomática, a SOP pode causar vários sintomas em menor ou maior grau dependendo da paciente. A grande maioria delas tem aumento na produção de hormônios androgênios que dificultam a ocorrência da ovulação e consequentemente da gravidez. Ciclo menstrual irregular, como longos períodos sem menstruar, ou grandes volumes de menstruação de uma vez, são outra característica da SOP. Pacientes com SOP também tendem a apresentar resistência a ação de insulina, o que aumenta o risco de diabetes. Além disso, mais predisposição à obesidade a SOP também é um fator propiciante à obesidade pressão arterial elevada.
Mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos podem ainda sofrer com queda de cabelo, acne e o hirsutismo, que é o surgimento de pelos com aspectos masculinos em regiões atípicas do corpo feminino, como seios e rosto. Os sintomas da síndrome dos ovários policísticos costumam surgir logo após a primeira menstruação, na fase da puberdade, mas a doença pode aparecer durante toda a idade reprodutiva, sendo comum em mulheres entre 20 e 30 anos.
O tratamento da SOP consiste no uso de pílulas anticoncepcionais para regularizar a menstruação e, quando necessário, medicamentos para prevenir o diabetes, indutores de ovulação e acompanhamento de peso. Aliados a isso, é muito positivo e agrega ao tratamento da paciente com SOP uma dieta que ajude a equilibrar seus níveis hormonais.

Síndrome de Ovários policísticos e dislipidemia

Em estudos relacionados à síndrome, constatou-se a interação dela com diversas alterações metabólicas. A principal delas é a obesidade, que é apontada como fator de risco e também fator propiciado pela síndrome. Mas além dela, há outras como dislipidemia, que muitos especialistas consideram ter relação com a SOP.
A dislipidemia é caracterizada pelos níveis elevados de gorduras (lipídeos) no sangue. Os níveis descontrolados de colesterol e triglicérides estão entre essas gorduras. A dislipidemia aumenta as chances de desenvolver doenças cardiovasculares como infarto e AVC. As chances de mulheres com Síndrome de Ovário Policístico ter dislipidemias são maiores. Para isso é importante o que já citamos, um tratamento que integre bons hábitos físicos e alimentares.
A mulher que sofre com ovários policísticos deve evitar alimentos que contribuem para o ganho de peso e para a inflamação do organismo, como os carboidratos simples, encontrados em pães, doces, refrigerantes e farinhas brancas. Ela deve dar prioridade à alimentos orgânicos, ricos em magnésio e carboidratos complexos, encontrados em mandiocas, batatas, aveias, nozes e vegetais. Outro fator que ajuda muito no tratamento dos ovários policísticos é a prática regular de exercícios físicos; ela melhora o metabolismo da glicose, o aproveitamento da insulina e diminui as chances da mulher vir a ter diabetes, que é propiciado pela SOP.
Assim como ocorre com outros distúrbios endócrinos, a síndrome de ovários policísticos favorece a ocorrência de doenças cardiovasculares como infarto e AVC, outro motivo pelo qual uma boa alimentação e exercícios físicos devem ser priorizados.

Síndrome de Ovários Policísticos e gravidez.

Uma das maiores preocupações das mulheres que recebem o diagnóstico de SOP é em relação possibilidade de não poder engravidar. Uma vez que a síndrome aumenta a produção de testosterona, ela também diminui a ovulação, o que pode causar dificuldades nesse sentido.
Não são todas as pacientes com SOP que encontram empecilhos para a gravidez. Como a síndrome pode apresentar uma variedade de sintomas e gravidade que varia de mulher para mulher, em alguns casos é possível engravidar sem muitas dificuldades, já em outros casos mais graves, é necessário um tratamento.
O tratamento consiste em medicamentos para induzir a ovulação. Caso a paciente esteja acima do peso, tratar o excesso também é fundamental, pois a obesidade compromete o metabolismo e impõe mais dificuldades para engravidar.
Grávidas que possuem síndrome de ovários policísticos também devem ter um acompanhamento mais rigoroso durante a gravidez, pois há uma maior chance de haver abortos espontâneos, de diabetes gestacional (caracterizado pelo aumento de glicose no sangue durante a gestação) e pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial na fase final da gravidez).

Cisto no ovário e ovário policísticos não são a mesma coisa

Apesar dos nomes parecidos, o que causa confusão, essas duas condições não são iguais. Enquanto que o ovário policístico é uma doença endócrina metabólica caracterizada por vários cistos com menos de 10 mm, o cisto no ovário é um o acúmulo de líquidos, que se forma dentro ou ao redor do ovário e que não costuma apresentar sintomas.

Fatores de Risco.

Apesar de não haver uma causa exata para o surgimento da SOP e causas genéticas serem apontadas como o fator mais comum, algumas outras pré-condições podem favorecer o surgimento da síndrome, são elas; excesso de insulina, resistência à insulina, histórico familiar, baixo peso ao nascer e pubarca precoce (aparecimento dos pelos pubianos no início da puberdade).
É preciso que especialmente os pais também estejam atentos ao aparecimento de sintomas da SOP em suas filhas logo após a primeira menstruação. Especialmente por que a síndrome pode ter efeitos no psicológicos e de humor, uma vez que está atrelada à ganho de peso e possível e surgimento de características masculinas. Além disso, as alterações hormonais também podem influenciar o aparecimento de depressão.
A paciente com SOP também não deve encarar o diagnóstico como algo impositivo e nem negligenciá-lo. Se a síndrome propicia ganho de peso e outros sintomas, com uma dieta adequada, pobre em gordura e tratamento e acompanhamento adequado é possível reverter esse quadro e viver saudavelmente e sem complicações significativas. Consulte seu médico.

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