Tireoidectomia: Quando é indicada a cirurgia de tireoide?

Tireoidectomia: Quando é indicada a cirurgia de tireoide?

Tireoidectomia é o nome dado à técnica de retirada da tireoide. Esta é a glândula responsável por secretar hormônios que regulam nosso metabolismo e funções fisiológicas. Inclusive, esse procedimento é o principal adotado no tratamento de câncer de tireoide. Além de ser o único capaz de possibilitar a cura da doença.

Mas você sabia que não existem apenas um tipo de cirurgia de tireoide? Na realidade, há três modalidades de tireoidectomia. São elas:

  • Tireoidectomia Total

A tireoidectomia total é mais comum. Nela é a retirada da glândula inteira. Esse é um procedimento indicado principalmente para tumores grandes. Maiores que 4cm e que afetaram os linfonodos ao redor. Após a tireoidectomia total, o paciente obrigatoriamente necessitará fazer a reposição hormonal

  • Tireoidectomia Parcial (Lobectomia)

Esse procedimento consiste na retirada parcial da glândula tireoide. O lobo é removido juntamente com o istmo nessa operação. Cânceres do tipo papilífero e folicular geralmente requerem a utilização dessa técnica. Ela também é adotada quando os tumores são menores que 4cm e não comprometem os linfonodos ao redor. Além disso, a vantagem da remoção parcial é que nem sempre o paciente vai precisar fazer reposição hormonal dos hormônios tireoidianos.

  • Esvaziamento Cervical

São retirados, junto com a tireoide na tireoidectomia, os linfonodos próximos da glândula quando o câncer também os afeta. Essa técnica é especialmente utilizada se o câncer for do tipo medular ou anaplástico.
Outras Indicações da Tireoidectomia
Também é indicada cirurgia de tireoide nas seguintes situações, além do tratamento para câncer.

  • Bócio com sintomas compressivos:

O bócio é um aumento benigno da glândula tireoide. Porém, dependendo do tamanho, ele pode causar dificuldade para engolir, rouquidão e falta de ar. Assim como incomodo estético na região do pescoço (“papo” visível). Nessas situações, a indicação pode ser de tireoidectomia.

  • Hipertireoidismo

O tratamento para hipertireoidismo (distúrbio no qual a glândula da tireoide secreta hormônios em excesso) é feito na maioria das vezes a partir de medicamentos. Mas em alguns casos esse tratamento convencional não surte efeito. Assim tireoidectomia se torna uma opção. Da mesma forma ocorre quando o paciente desenvolve reações adversas aos remédios.

  • Estética

Também pode se desenvolver um nódulo benigno no istmo, “meio” da tireoide que une os dois lobos. Na maioria dos quadros, os nódulos benignos não necessitam ser retirados, pois não são cancerígenos. Mas quando eles surgem no istmo, rapidamente se tornam visíveis e causam desconforto estético. Inclusive, as mulheres percebem mais esse prejuízo estético, por sua similaridade com o “gogó” masculino. Nesses casos, o paciente pode optar pela tireoidectomia, ciente dos riscos da cirurgia.

  • Risco de câncer

Quando há um nódulo na tireoide, a punção pode não deixar claro se o nódulo é benigno ou maligno. Ou pode indicar maior probabilidade de ele ser maligno. Nesse quadro específico, também é sugerido a tireoidectomia. Pois ela é forma de confirmar o diagnóstico e prevenir que o possível câncer se desenvolva mais.
Tireoidectomia

Como é realizada

A tireoidectomia dura em média 2 horas e é feita com anestesia geral a partir de um corte no pescoço de 3 a 15 cm. Através dele, permite ao médico observar e retirar a tireoide.

Pós-operatório da tireoidectomia
Esse é um procedimento delicado, uma vez que a glândula tireoide está localizada na região inferior do pescoço, próxima à nervos e artérias. Mesmo assim, não é uma cirurgia que costuma apresentar complicações.
Apesar disso, o paciente pode sofrer com alguns sintomas pós-operatórios como:

  • Hipocalcemia:

Toda pessoa possui quatro glândulas paratireoides, localizadas próximas da tireoide. Elas produzem o paratormônio que controla os níveis de cálcio no sangue.
Um quadro de hipocalcemia ocorre quando essas glândulas não são preservadas no decorrer da cirurgia. Já a Hipocalcemia é uma queda dos níveis de cálcio no sangue que causa sintomas como câimbras, dormências e formigamentos. Bem como agitação, contrações involuntárias e desmaios. Esses sintomas podem aparecer nos primeiros dias após a tireoidectomia.

  • Alterações na voz e rouquidão:

Em ambos os lados da tireoide passam dois nervos que afetam a fala; o nervo laríngeo recorrente e o nervo laríngeo superior. Por conta da manipulação para retirar a tireoide, esses nervos podem não funcionar nos primeiros dias após a cirurgia. Isso causa alterações na voz e rouquidão. Mas esse sintoma geralmente passa em algumas semanas ou meses.

  • Dor de garganta e Tosse:

A cirurgia pode causar irritação ou inflamação na região. Por esta razão, pode provocar também a dor de garganta e tosse, podendo resultar em dificuldades para comer. Mas esse efeito também costuma desaparecer rapidamente. Após uma semana.

  • Sangramento:

É possível que ocorra sangramento nas primeiras seis horas após a cirurgia, embora seja raro. Essa complicação é mais comum em pacientes hipertensos ou que usam remédios anti-agregantes plaquetários. E esse sangramento requer atenção médica, pois pode ser grave e gerar inchaço significativo.
Além disso, é feito um corte para a cirurgia, por isso é normal hematoma, pequeno inchaço e cicatriz.

O paciente geralmente fica internado por um ou dois dias. Após ter alta ele pode ter que usar um dreno no pescoço, para retirar o excesso de líquido com sangue e evitar hematomas. Além de usar analgésicos prescritos para prevenir a dor.

Porém, pós-operatório da cirurgia de tireoide dura apenas em torno de 15 dias. Durante esse período não é necessário repouso absoluto. Mas deve-se evitar fazer esforços físicos.

Então, depois da retirada total da tireoide é possível viver bem?
Sim! O endocrinologista indicará uma reposição hormonal adequada, através da qual será possível viver normalmente. Assim, o paciente passará a ingerir comprimidos diários com as doses necessárias dos hormônios que antes eram produzidos pela glândula.

Porém, no caso da tireoidectomia parcial, nem sempre é preciso fazer essa reposição. O médico avaliará a necessidade. Para isso, ele deve pedir a realização de exames de sangue e ultrassom para analisar o resultado da cirurgia e como estão os níveis dos hormônios tireoidianos na corrente sanguínea cerca de 1 mês depois do procedimento. E durante esse período, o paciente deve observar se apresenta sintomas de alterações na tireoide, como alterações menstruais, cãibras, cansaço nas pernas ou sensação de formigamento.
Portanto, tireoidectomia é uma técnica segura e em alguns casos imprescindível. Por isso, se você possui alguma alteração na tireoide, consulte seu médico e tire suas dúvidas sobre ela.

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