O hipotireoidismo é uma disfunção da glândula tireoide bastante comum, cujas chances de ocorrência aumentam com a idade e a prevalência é maior em mulheres, mas que apesar disso, não é tratada corretamente por boa parte dos pacientes.
Por isso, é necessário sempre ressaltarmos que, apesar de não possuir cura, o tratamento para essa doença e o controle dos sintomas é possível, seguro efetivo.
O hipotireoidismo ocorre quando há uma diminuição da função hormonal tireoidiana, que, resumidamente, faz com que várias outras funções do organismo percam seu ritmo, afetando o funcionamento do intestino, o humor, pele, metabolismo e comprometendo o desempenho de vários outros órgãos que são regulados e estimulados pela tireoide.
O diagnóstico do hipotireoidismo é feito, após avaliação dos sintomas, a partir da dosagem de TSH no sangue, que é o hormônio produzido pela hipófise que tem por finalidade estimular a tireoide a produzir outros hormônios, o T3 e T4. Quando os valores de TSH estão acima de 4,0 ou 4,5 mU/L, o diagnóstico é de hipotireoidismo.
Tratamento
Uma vez diagnosticado o hipotireoidismo, é fundamental passar por uma avaliação e iniciar o tratamento com um especialista. Muitas pessoas acham que é possível curar disfunção tireoidiana através de uma boa alimentação ou por suplementos, mas isso não é verdade.
O hipotireoidismo não pode ser curado definitivamente, até porque, geralmente, ele é resultante de uma doença autoimune, que é a tireoidite de Hashimoto, que não tem cura. Mas, esse distúrbio pode ser tratado de forma minimamente invasiva com reposição hormonal, através do uso diário de hormônios tireoidianos sintéticos. O mais comumente indicado é Levotiroxina, que é uma versão sintética do hormônio T4.
A principal avaliação do especialista vai ser em relação à dosagem diária necessária de hormônio. Isso pode variar de acordo com várias questões, como peso, condição cardíaca do paciente, idade, gravidade do hipotireoidismo e sua causa primária (doença autoimune ou remoção da tireoide), bem como outros estados, como gravidez.
Por isso, as doses podem ser ajustadas pelo especialista algumas vezes no início do tratamento até atingir o objetivo do tratamento, que é reduzir os sintomas e manter os níveis de TSH dentro da faixa de normalidade, que varia entre 0,4 e 4,0 mU/L.
Os sintomas costumam diminuir já duas semanas após o início do tratamento. Mas uma nova dosagem de TSH é feita após dois meses a pedido do médico, para analisar se o tratamento está atingindo o objetivo esperado.
O hormônio sintético deve ser tomado todo dia pela manhã em jejum, pelo menos meia hora antes da refeição, para garantir sua absorção.
O tratamento deve ser seguido durante a vida toda! Sempre com retornos regulares ao endocrinologista para uma avaliação da disfunção, principalmente se o paciente adquiriu uma nova condição específica, como doença cardíaca, gravidez ou outro.