Você já pensou em doar sangue, porém não sabe se pode porque possui diabetes?
O fato de a diabetes ser uma doença que tem ligação direta com os níveis de glicose do sangue, e possuir diferentes tipos de tratamento, faz com que pessoas que possuem este quadro fiquem em dúvida sobre se podem ou não doar sangue. Responderei essa dúvida neste artigo, continue a leitura!
Afinal, pessoas diabéticas podem doar sangue?
A resposta para esta pergunta depende do tipo de diabetes e se a pessoa faz uso ou não de insulina!
Sei que essa não é a resposta esperada para o assunto, mas irei explicar, de forma mais aprofundada, esta questão. De forma geral, nos próprios órgãos de saúde há uma dificuldade em esclarecer se pessoas que possuem diabetes podem ou não doar sangue.
Nas orientações do Ministério da Saúde, por exemplo, não consta nenhuma informação que impeça a doação de sangue por pessoas diabéticas. Já em alguns hemocentros, a doação não é permitida.
Essa confusão existe justamente por conta dos diferentes tipos que a doença possui. Por isso, usarei as diretrizes da Organização Mundial da Saúde como parâmetros para essa resposta.
Quando pessoas diabéticas podem doar sangue?
Pessoas diabéticas podem doar sangue se cumprirem estes requisitos:
• Possuírem diabetes do tipo 2 (sem a necessidade do uso de insulina);
• Nível de glicose controlada;
• Dieta regrada;
• Medicação apenas via oral (e em dia);
• Não tiverem histórico de hipoglicemia;
• Não haver evidência de infecção ativa;
• Não possuírem doença vascular (principalmente feridas nos pés).
Basicamente, se a pessoa possui diabetes do tipo 2, não usa insulina, e possui uma rotina saudável, ela é capaz de realizar a doação de sangue.
E quando não podem doar sangue?
Caso a pessoa com diabetes, independente do seu tipo, necessite do uso de insulina, ou ainda possua alguma complicação derivada da diabetes, ela não poderá realizar a doação de sangue.
Primeiramente, qualquer doador de sangue precisa ter um ótimo estado de saúde, ou seja, não possuir nenhuma doença grave, nem infecções funcionais. Esse é um dos principais cuidados para a doação.
E ele existe justamente para garantir o bem-estar tanto de quem receberá a doação quanto do doador. Uma vez que o procedimento consiste na retirada de quase meio litro de sangue (450 ml para ser mais exato), sendo que o corpo humano possui, em média, 5 litros de sangue.
Portanto, é retirado quase 10% do sangue do doador, o que, em pessoas saudáveis, não será prejudicial, mas, para pessoas que não cumprem os requisitos, pode trazer resultados adversos.
Ademais, pacientes que possuem diabetes (tipos 1 ou 2) e fazem uso de insulina não poderão doar porque o tratamento de controle da doença é feito através de medicamentos injetáveis. Uma vez que apenas com a triagem feita antes da doação não é possível garantir que as técnicas usadas pelos pacientes para a aplicação dos medicamentos sejam apropriadas. É um mecanismo de prevenção em relação às infecções que podem ser transmitidas aos receptores das doações.
Caso você não seja capaz de ajudar o próximo através da doação de sangue por possuir diabetes, procure alguma outra forma. Existem inúmeras maneiras de ajudar alguém que está precisando, e saber isso já é um grande passo!
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