O acúmulo de gordura no fígado, chamado esteatose hepática ocorre, na maioria dos casos, em consequência de maus hábitos. Esses maus hábitos geralmente são o consumo excessivo de alimentos ricos em gordura ruim ou de bebidas alcoólicas. Além disso, o sedentarismo agrava essa condição.
A gordura acumulada no fígado é classificada em 4 graus, de acordo com a gravidade do problema.
Quais são os graus de esteatose hepática?
• Grau 1: neste caso, configura-se a esteatose hepática simples. Portanto, é caracterizada por um excesso de gordura que é considerado inofensivo. Normalmente este grau é silencioso, não apresentando nenhum sintoma. Entretanto, é possível diagnostica-la através de um exame de sangue de rotina e tratar precocemente o problema.
• Grau 2: aqui temos a esteatose hepática não alcoólica. Neste grau, o fígado já está inflamado. Assim, apresenta sintomas como dor no lado direito do abdômen e barriga inchada.
• Grau 3: o grau 3 é denominado fibrose hepática. Aqui, as alterações já atingem os vasos sanguíneos ao redor do fígado. Ou seja, a inflamação e a gordura estão presentes também neles. Porém, o fígado ainda funciona normalmente.
• Grau 4: é o nível mais grave da doença, denominado cirrose hepática. Aparece após anos de inflamação no fígado. Neste ponto, o fígado está completamente comprometido, apresentando redução no seu tamanho e forma irregular. Portanto, pode ser necessário fazer um transplante de órgão.
Em vista disto é importante avaliar, além dos níveis de gordura no fígado, se há presença de inflamação no órgão. Já que a inflamação é a principal causa da morte das células na região.
Quais são os principais sintomas de gordura no fígado?
É possível que a doença não apresente nenhum sintoma nas fases iniciais. Assim, só seria descoberta através de exames de rotina ou, acidentalmente, em exames para diagnóstico de outras doenças. Apesar disso, você deve ficar atento com alguns sintomas. São eles:
• Perda de apetite;
• Cansaço excessivo;
• Dor na região superior direita do abdômen;
• Dor de cabeça constante;
• Inchaço da barriga;
• Coceira na pele;
• Pele e olhos amarelados;
• Fezes esbranquiçadas.
O que pode causar gordura no fígado?
As causas exatas do acúmulo de gordura no fígado ainda não foram bem esclarecidas. No entanto, a doença aparece com mais frequência em pessoas que apresentam obesidade, diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, alcoólatras, fumantes e em quem tem hipotireoidismo.
Além disso, pessoas que passam por procedimentos para emagrecer muito rápido, como cirurgia bariátrica, tem mais risco de acumular gordura no fígado. Isso ocorre por conta de uma alteração no metabolismo.
Apesar de tudo, o problema pode aparecer em quem não está enquadrado em nenhum fator de risco. O que reforça a importância de manter em dia os exames de rotina.
Existe o risco de o excesso de gordura no fígado não ser detectado no exame de sangue. Nesse caso, só será possível detectar precocemente a doença se o paciente fizer uma ultrassonografia para investigar outros problemas.
Em todo caso, o acompanhamento regular com um médico endocrinologista pode te livrar de uma série de doenças, incluindo a esteatose hepática. Além disso, hábitos saudáveis como alimentação balanceada e prática regular de exercícios físicos são grandes aliados da sua saúde como um todo.
