Cirurgia para diabetes: arriscada, mas eficiente.

Cirurgia para diabetes

Diabetes tipo 2 é conhecida por ser uma doença sem cura. No entanto, a cirurgia para curar diabetes pode alcançar ótimos resultados, como a remissão do paciente.

Na prática, a remissão assemelha-se à cura. Assim, é possível que o paciente alcance ótimos resultados para sua qualidade de vida. Ou seja: terá grandes chances de interromper o uso do medicamento e ficará com níveis normais de açúcar no sangue.

A diferença principal é que, mesmo após a remissão, monitora-se continuamente o paciente para garantir que não hajam alterações metabólicas relacionadas à diabetes tipo 2.

Qual o objetivo da cirurgia para diabetes?

A cirurgia para diabetes vem apresentando bons resultados, apesar de seus elevados riscos.

Diabetes, no caso a diabetes tipo 2, é uma síndrome metabólica caracterizada pela resistência do organismo à insulina e aumento de açúcar no sangue.
Essa condição afeta diretamente a qualidade de vida do paciente, que passa a ter que seguir restrições alimentares — evitando açúcares e alguns tipos de carboidratos, dentre outras coisas —, praticar atividade física — sempre supervisionada em função do risco de hipoglicemia — e a controlar diariamente o nível de glicose no sangue. Além da aplicação de medicamentos.

Portanto, o objetivo da cirurgia é fazer com que o organismo volte a autorregular os níveis de açúcar no sangue, além de ajudar o paciente a emagrecer.

Qual é o método utilizado?

O procedimento funciona como uma espécie de cirurgia bariátrica e é considerado de alto risco e complexidade.

O principal procedimento utilizado é a derivação gastrojejunal em Y de Roux. Caso essa alternativa apresente alguma contraindicação ou desvantagem, pode realizar-se a gastrectomia vertical.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) não recomenda qualquer outro procedimento para tratamento de diabetes tipo 2. O conselho os considera cirurgia experimental, já que necessitam de mais evidências científicas para que sejam aceitos.

Para maior segurança do paciente, somente é possível realizar a cirurgia com dois médicos especialistas em endocrinologia.

Para quem a cirurgia é indicada?

Em geral, pode-se recomendar o procedimento para pacientes que tenham diabetes tipo 2 há menos de 10 anos, idade entre 30 e 70 anos e IMC entre 30 e 34,9 kg/m². Além disso, o paciente não pode ter nenhuma contraindicação para a operação.

Para quem é contraindicada?

Contraindica-se a cirurgia para diabéticos autoimunes e para pacientes com diabetes tipo 1 e 2 muito avançada, onde o pâncreas não tem reservas de células beta para produção de insulina.

Ainda, contraindica-se a operação para pacientes alcoólatras, dependentes químicos, depressivos graves, com psicoses graves e, ainda, quaisquer pacientes portadores de doença mental. Todos os candidatos a serem operados passam pelo crivo do psiquiatra, que poderá contraindicar a cirurgia.

Assim, não havendo contraindicações, o paciente deverá assinar um termo de consentimento aceitando os riscos. Estão especificados no termo todos os riscos, taxa de mortalidade, possíveis complicações e a necessidade de acompanhamento clínico multidisciplinar no pós-operatório.

A cirurgia do diabetes é segura?

Como mencionado antes, a cirurgia não é segura. É considerada uma cirurgia de alto risco e complexidade pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Portanto, o paciente deverá submeter-se a ela somente em último caso, quando todos os outros tratamentos falharem e não houver nenhuma contraindicação.

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