A disbiose intestinal ocorre quando há um desequilíbrio nos microrganismos que vivem no intestino humano. O quadro pode inflamar a região, afetando a absorção de nutrientes no intestino. Assim, a disbiose intestinal pode, também, resultar em deficiências nutricionais.
Como saber se estou com disbiose intestinal?
Em geral, quando há desequilíbrio nos microrganismos do intestino, apresentam-se sintomas bem característicos. Há sintomas que envolvem problemas gastrointestinais, como náuseas, vomito, gases, barriga inchada, diarreia, prisão de ventre e fezes mal formadas. No entanto, há outros sintomas que podem aparecer como consequência da disbiose, tais como cansaço excessivo, dor de cabeça, baixa produtividade ou candidíase de repetição.
Quais são as consequências deste quadro?
Quando o quadro se prolonga, os riscos à saúde são mais graves. Assim, podem desenvolver-se doenças como síndrome do intestino irritável, doença celíaca, intolerância à lactose, doenças do coração, câncer no reto, doenças no sistema imunológico e até sintomas de depressão, consequentes de uma baixa absorção nutricional, causando desânimo e cansaço excessivo.
Como é feito o diagnóstico?
Inicialmente realiza-se uma análise dos sintomas, avaliando-se também os hábitos alimentares do paciente. No entanto, caso seja necessário, o médico poderá pedir alguns exames específicos para confirmação do quadro. Em geral, utiliza-se os seguintes exames:
• Exame de urina: coleta-se a primeira urina da manhã, concentrada por ao menos 4 horas. Este exame tem como objetivo avaliar a quantidade de indican, substância orgânica que aparece em níveis maiores quando há presença de constipação ou putrefação intestinal;
• Exame de fezes: esfrega-se um cotonete nas fezes, armazena-se em um recipiente e encaminha-se para o laboratório. A partir desta amostra realiza-se uma avaliação de todas as bactérias presentes na flora intestinal.
• Prova do hidrogênio expirado: para realização deste exame o paciente bebe uma solução de glicose e respira em um equipamento. Assim, é feita uma análise do ar expirado. A quantidade de gases identificados deve estar em um certo intervalo de concentração. Caso esteja fora dos limites, a disbiose intestinal é confirmada.
Além disso, para casos mais complexos, o médico poderá recomendar uma biópsia do intestino. Para esse fim, retira-se uma pequena amostra de tecido do intestino que está inflamado ou infeccionado e analisa-se a situação no laboratório.
O que pode causar disbiose intestinal?
As principais causas do desequilíbrio na microbiota intestinal são a alimentação inadequada e o uso de determinados medicamentos. No entanto, outros fatores como consumo excessivo de bebidas alcoólicas, estresse e ansiedade também podem causar disbiose intestinal.
Alimentação inadequada é a maior causadora de desequilíbrios intestinais. Consumo excessivo de gorduras, comidas industrializadas ou proteínas podem gerar este problema. Assim como o baixo consumo de fibras. Portanto, para evitar disbiose, se alimente com qualidade. Inclua frutas (preferencialmente com casca), verduras, grãos e legumes na sua dieta. Além disso, evite o consumo excessivo de fast-food, comidas com gorduras saturadas ou trans, ou alimentos industrializados. E ainda prefira farinhas integrais ao invés de farinhas brancas.
Existem, ainda, certos medicamentos que podem afetar o equilíbrio do intestino. Por exemplo, anti-inflamatórios como aspirina e ibuprofeno, quando combinados com alguns remédios para azia, podem causar disbiose.
Também, os antibióticos são grandes causadores de alterações na flora intestinal. Além disso, quando se toma antibióticos por muito tempo, pode haver crescimento de bactérias resistentes ao medicamento. Tal situação dificulta o tratamento de doenças inflamatórias.
Como tratar?
Em geral, o tratamento da disbiose é feito através de reeducação alimentar e ministração de alguns suplementos probióticos. Como a gravidade dos casos pode variar, é necessário consultar um médico para saber qual é o tratamento ideal para cada caso.
