Hipotireoidismo e hipertireoidismo são duas doenças diferentes que ocorrem devido a disfunções na glândula tireoide. Assim, o hipotireoidismo ocorre quando a glândula produz menos hormônio do que deveria. Já no hipertireoidismo é a situação contrária, ou seja, a glândula produz hormônio demais. Portanto, cada situação tem sintomas e consequências diferentes.
Para que serve a glândula tireoide?
A glândula tireoide fica localizada na parte frontal do pescoço e é responsável por produzir hormônios que são vitais para diversas funções do corpo. Portanto, caso haja problemas nessa produção de hormônios, podem ocorrer diversas alterações no organismo. Os dois principais hormônios que a tireoide produz são o T4 e o T5 (tiroxina e tri-iodotironina, respectivamente). Esses dois hormônios regulam a quantidade de energia que as células precisam utilizar. Assim, eles regulam o metabolismo, fazendo-o funcionar na velocidade adequada.
Hipotiroidismo e seus principais sintomas
Assim como citado antes, o hipotiroidismo é uma disfunção na glândula tireoide. Nesse caso, ocorre quando ela produz menos hormônios do que deveria. Por isso, traz consequências como:
- Cansaço;
- Desânimo;
- Depressão;
- Pele seca e fria;
- Prisão de ventre;
- Diminuição da atividade cerebral, portanto, perda de produtividade;
- Inchaço rígido e, por isso, aumento de peso;
- Perda de apetite;
- Sonolência constante;
- Maior sensibilidade ao frio;
- Alterações menstruais;
- Disfunção erétil ou diminuição da libido em homens.
Perceba que o hipotireoidismo traz sintomas muito parecidos com os da depressão. Assim, é possível inclusive confundi-lo com a depressão. Por isso é muito importante que, ao sentir determinados sintomas, como desânimo, cansaço excessivo, distúrbios no sono, entre outros, verificar junto a um endocrinologista como está o seu organismo, antes de começar a tomar antidepressivos, por exemplo. Além da disfunção na tireoide, a deficiência de algumas outras vitaminas ou hormônios pode trazer sintomas parecidos.
Hipertireoidismo e seus principais sintomas:
- Metabolismo acelerado;
- Nervosismo e irritação;
- Insônia;
- Aumento da frequência cardíaca;
- Intolerância ao calor;
- Sudorese;
- Taquicardia;
- Perda de massa magra;
- Tremores;
- Olhos saltados;
- Bócio (aumento do volume da tireoide);
- Dificuldade em lidar com problemas e sentimentos.
Assim como o hipotireoidismo traz sintomas parecidos com os da depressão, o hipertireoidismo traz sintomas bastantes parecidos com os da ansiedade. Portanto, as recomendações são muito parecidas. Procure saber se seu organismo está com os hormônios regulados e sem déficit de nutrientes ou vitaminas. Assim, caso você tenha sintomas de ansiedade ou depressão causados somente por disfunções na tireoide, será mais simples resolvê-los.
Como é realizado o diagnóstico de hipotireoidismo e hipertireoidismo?
O diagnóstico, tanto de hipotireoidismo quanto de hipertireoidismo, realiza-se através de um exame de sangue onde se observa a dosagem do hormônio TSH, produzido pela hipófise, e dos hormônios T3 e T4 produzidos pela glândula tireoide.
Quando o TSH está elevado e os hormônios da tireoide estão baixos, caracteriza-se hipotireoidismo. Ao contrário, quando o TSH está baixo e os hormônios T3 e T4 estão elevados, temos hipertireoidismo.
Esta avaliação deve ser feita por um médico endocrinologista, que poderá analisar o caso com mais precisão. Esse profissional é capacitado e treinado para perceber, caso a caso, até as pequenas alterações, mesmo que elas aparentemente estejam dentro dos limites.
Como é feito o tratamento?
O tratamento inicia assim que o problema é diagnosticado. Ele pode variar de paciente para paciente, dependendo das causas da disfunção.
No hipotireoidismo, em geral, começa-se o tratamento com a reposição do hormônio tiroxina que a tireoide deixou de fabricar. Como dificilmente a doença regride, o paciente deve tomar o remédio por toda a vida. Porém, os resultados são ótimos e podem dar fim em todos os sintomas.
No hipertireoidismo o tratamento é mais variável. Pode incluir medicamentos, iodo radioativo e cirurgia. Contudo, isso dependerá das características e causas da disfunção. O tratamento deve começar imediatamente após a identificação da doença, a fim de evitar arritmia cardíaca, hipertensão, infarto, fibrilação e osteoporose.
Além do mais, não há motivos para grandes preocupações. Com o tratamento e acompanhamento corretos, qualquer uma das duas pode ser controlada.
