Hipotireoidismo na gravidez: diagnóstico, causas e tratamentos

hipotireoidismo

Você sabia que na gestação há um maior risco de a mulher desenvolver o hipotireoidismo, que é uma diminuição da função da tireoide? A essa condição chamamos de hipotireoidismo gestacional.

Durante a gravidez, ocorrem diversas alterações fisiológicas no funcionamento da tireoide, pois os hormônios precisam suprir as necessidades tanto da mãe quanto do bebê. E, com isso, a produção hormonal da glândula aumenta em 50%.

Normalmente, a tireoide é capaz de dar conta desse aumento de demanda, secretando mais hormônio. Mas, quando ela não consegue suprir essas necessidades aumentadas, então, isso leva ao desenvolvimento do hipotireoidismo na gestante.

Diagnóstico de hipotireoidismo na gravidez

A ocorrência de hipotireoidismo na gestação varia em torno de 0,3% a 25%. Esse é um comprometimento hormonal que, se não houver tratamento, pode ser grave e trazer diversas complicações para a mãe e para o bebê.

O rastreio do hipotireoidismo sempre deve fazer parte do pré natal. É fundamental que se chegue a um diagnóstico o quanto antes, para que a mulher possa começar imediatamente um acompanhamento e tratamento com o seu endocrinologista.

Até mesmo porque hipotireoidismo na gestação, em geral, não apresenta sintomas notáveis. Seus sintomas são: ganho de peso, sonolência excessiva, humor depressivo, falta de energia, etc.. Ou seja, sintomas que podem ser facilmente confundidos com a própria condição da gravidez.

Por isso, não se deve esperar sintomas: todas as mulheres devem investigar essas possíveis alterações durante o pré-natal. E, principalmente, quando há história familiar ou suspeita clínica, deve-se procurar um médico para realizar exames de sangue e avaliar a função da glândula tireoide.

Complicações

O diagnóstico e tratamento para essa condição é fundamental porque a redução da função da tireoide durante a gravidez está relacionada a uma série de complicações para a mãe e para o bebê, que depende dos hormônios tireoidianos da mãe, principalmente nas primeiras semanas de gestação.

Inclusive, o sistema nervoso central fetal necessita, durante toda a gestação, de iodo e tiroxina (T4) para o seu desenvolvimento, por isso, um déficit no desenvolvimento neurocognitivo do bebê acaba sendo uma das principais consequências do hipotireoidismo gestacional não tratado. Além disso, a falta de tratamento desse distúrbio pode gerar também:

  • Hemorragia pós parto;
  • Hipertensão gestacional;
  • Risco aumentado de aborto;
  • Baixo peso ao nascer;
  • Malformações congênitas no bebê;
  • Deslocamento da placenta e
    Parto prematuro.

Tratamento para o hipotireoidismo na gravidez

O tratamento para gestantes com hipotireoidismo é feito com reposição de hormônios tireoidianos. Caso já se saiba que a mulher tem hipotireoidismo antes da gestação, o médico pode indicar aumento da dose do medicamento depois que ela engravidar. No caso de se descobrir ou desenvolver o hipotireoidismo durante a gravidez, as doses indicadas serão maiores.

O controle do hipotireoidismo deve ser feito através da dosagem de TSH (hormônio que controla a função tireoidiana) a cada quatro semanas na primeira metade da gestação. Após atingir a dose adequada, pode-se dosar o TSH menos frequentemente, mas pelo menos uma vez por trimestre.

Converse com seu médico e faça um acompanhamento adequado durante a gravidez, para proteger sua saúde e a do seu filho!

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