A obesidade infantil é uma doença crônica que vem atingindo cada vez mais crianças nas últimas décadas. Cresce de tal maneira que já é considerada uma epidemia. A obesidade já é um problema grave em adultos, no entanto, se torna muito mais preocupante quando começa na infância. Isso porque a criança começa a sofrer com sobrepeso numa fase de desenvolvimento acelerado, em todas as áreas da sua vida. Ou seja, a obesidade pode afetar o desenvolvimento físico, neurológico e psicológico da criança.
É preciso compreender que a obesidade não é um problema meramente estético, mas que pode trazer diversos riscos à saúde.
Quando uma criança é diagnosticada com obesidade infantil?
Se uma criança de até 12 anos está com excesso de gordura corporal, ela pode ser diagnosticada com obesidade infantil. A avaliação do nível de gordura corporal pode ser feita através do Índice de Massa Corpórea, ou seja, o IMC. Porém, é importante avaliar os resultados do índice junto ao médico porque nem sempre ele é preciso.
Quais as consequências da obesidade infantil?
Em geral, a obesidade infantil traz os mesmos problemas que a obesidade em adultos. No entanto, pelo fato de a criança se expor por mais tempo ao excesso de gordura corporal, as consequências podem chegar mais cedo. Portanto, a expectativa de vida fica menor.
Principais consequências físicas da obesidade infantil:
• Doenças respiratórias;
• Doenças ortopédicas, como problemas de coluna ou joelhos;
• Dificuldades motoras;
• Falta de equilíbrio;
• Disfunções do fígado, causadas pelo acúmulo de gordura;
• Colesterol alto;
• Diabetes;
• Hipertensão arterial;
• Complicações metabólicas;
• Problemas de pele.
Além das consequências físicas, pode trazer problemas psicológicos e sociais, como:
• Depressão;
• Desânimo;
• Baixa produtividade;
• Cansaço excessivo;
• Disfunções alimentares, como bulimia ou anorexia;
• Baixa autoestima.
Quais as principais causas da obesidade infantil?
A principal causa da obesidade infantil é a falta de hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, prática de atividades físicas e sono regulado. Ainda que separados, esses problemas podem levar à obesidade. No entanto, quando unidos, se tornam mais perigosos.
Portanto, é importante que a família incentive desde cedo as crianças a praticarem esportes, se alimentarem com qualidade e terem horários fixos para dormir e acordar, com um espaçamento adequado. Além disso, quando os pais dão o exemplo além de ensinar, as chances de a criança manter os hábitos saudáveis na adolescência e na vida adulta aumentam.
No entanto, não são somente os hábitos ruins que podem causar obesidade. Ou até, mais do que isso, os hábitos ruins podem ser consequência de outro problema mais profundo. Fatores como ansiedade e depressão podem influenciar muito nos hábitos alimentares e na rotina das crianças. Deixando-as menos ativas, mais cansadas e com sono desregulado. Portanto, é necessário estar atento à saúde mental dos seus filhos.
Outras possíveis causas da obesidade são as alterações hormonais ou metabólicas. Esse tipo de alteração pode causar todos os problemas citados anteriormente, por isso, exige muita atenção! A avaliação hormonal ou metabólica deve ser feita junto a um médico endocrinologista.
