Entenda como é realizado o tratamento para obesidade

Entenda como é realizado o tratamento para obesidade

Tratamento para obesidade

O tratamento para obesidade começa com o diagnóstico que pode ser feito a partir do cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC) e através de exames clínicos complementares solicitados pelo médico. Conforme a tabela do IMC, quando o resultado final do cálculo estiver entre 25 e 29,9, é classificado como sobrepeso. Quando for de 30 a 34, é obesidade grau 1, entre 35 e 40, grau 2 e acima desse valor, grau 3.
No entanto, o IMC não leva em consideração fatores como genética, histórico familiar e biotipos específicos. Por isso já há outros exames que podem ser pedidos para complementar o diagnóstico de obesidade, como os que medem o índice de gordura corporal, como a análise de composição corporal por bioimpedância.
Todas essas condições, bem como fatores emocionais e ambientais, e a evolução do peso do paciente, devem ser avaliadas durante um check-up para compor um diagnóstico preciso de obesidade. Além de ser fator de risco para diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, a obesidade está associada ainda a doenças que poucas pessoas imaginam, como câncer e transtornos psiquiátricos.
A relação entre obesidade e depressão já havia sido percebida há muito tempo por médicos cientistas, e recentemente estudos têm apontado que um índice de massa corporal (IMC) maior pode predispor o transtorno psiquiátrico.
No caso do câncer, o que ocorre é que o excesso de tecido adiposo (gordura) coloca o corpo em um estágio infamatório constante, essa inflamação aumenta a formação de vasos sanguíneos, essenciais para o crescimento de tumores. Em mulheres com obesidade, existe um risco maior de desenvolver câncer de mama e em homens, tumores colorretais.
Pessoas que sofrem com obesidade também estão mais propensas a ter doenças respiratórias e a responder de forma mais grave à elas. O estado inflamatório do corpo causado pela obesidade pode inflamar as vias aéreas, causando e agravando doenças como asma. A obesidade também interfere na resposta do sistema imune do corpo, por isso é considerada um grande fator de risco para a manifestação da forma mais grave da Covid-19.
Uma vez diagnosticada com obesidade, a pessoa deve estar ciente de que a tentativa de reversão do quadro sozinha, sem acompanhamento com especialista não tende a dar resultados. Por isso, deve-se elaborar um plano de mudança de hábitos junto ao médico; as mudanças nos hábitos alimentares, exercícios físicos e medicamentos são a base do tratamento.
Além disso, o tratamento para obesidade também costuma ser composto por uma equipe multidisciplinar, que deve elaborar um plano de reeducação alimentar, além de tratar os possíveis fatores emocionais e hormonais que podem estar causando ou colaborando para o agravamento da ansiedade.
Fazer escolhas alimentares mais saudáveis, estar preparado para evitar alimentos que contribuem para o ganho de peso e adquirir uma prática de exercícios físicos constante não é um processo rápido, é necessário ter paciência e apresentar as dificuldades sentidas ao médico para que ele saiba como melhor proceder com o tratamento.
Em todos os casos de obesidade há indicação de uso de algum tipo de medicamento, a depender do caso especifico. Os medicamentos são indicados para pacientes com IMC superior a 30kg/m2, IMC superior a 27kg/m2, com outras doenças relacionadas, como diabetes, colesterol elevado, pressão alta e outras comorbidades.
Se mesmo a combinação de mudança de hábitos e tratamento com remédios não apresentarem resultados, o especialista pode sugerir a cirurgia bariátrica.
A cirurgia é indicada apenas para pacientes com IMC maior ou igual a 40 ou entre 35 e 40 com complicações relacionadas, como hipertensão e diabetes. Nesses casos a cirurgia é indicada por que outras opções de tratamento não tiveram êxito e por que a gordura corporal tem propiciado outras doenças relacionadas.
Vale destacar que após a cirurgia o tratamento continua, a perda de peso não é sinônimo de cura para obesidade, e se não houver acompanhamento e não forem tratadas as possíveis causas emocionais por trás da doença, é muito provável que o paciente recupere todo o peso perdido com cirurgia.
Para não desistir ao longo do tratamento, é recomendável que o paciente escolha um exercício físico que goste, estabeleça metas semanais de perda de peso e registre seu progresso através de fotos ou vídeos. Se ele sentir muita dificuldade em seguir com a dieta pode também conversar com o médico e a nutricionista e pedir ajustes.

Os perigos da gordura Abdominal

Quando se fala em obesidade, muitas pessoas tendem a focar somente no fator peso, o que nem todo mundo sabe, é que mesmo que você não esteja tão mal na balança, a gordura localizada no abdômen pode ser motivo de preocupação. O acúmulo nessa região representa diversos riscos para a saúde, principalmente se for do tipo visceral, que fica situada anterior aos músculos e entre os órgãos da barriga.
A gordura abdominal é um fator de risco para diabetes, uma vez que está associada à resistência do corpo, à insulina e ao aumento dos níveis glicêmicos. A alta quantidade de gordura circulante pode provocar ainda obstrução dos vasos sanguíneos, o que faz com que a gordura abdominal também seja um grande fator de risco para doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.
Para saber se a gordura abdominal está comprometendo a saúde, deve-se medir a circunferência da cintura. O ideal é que não passe de 80 cm em mulheres e 90 cm em homens.

Tratamento para Obesidade Infantil.

Conforme o IBGE, uma em cada três crianças no Brasil está pesando mais que o recomendado. Com as crianças, o tratamento vai depender muito da alimentação adotada pelos pais ou familiares com quem ela mora e também da disciplina e incentivo deles. Para cada faixa etária e gênero deve haver uma abordagem diferente, analisando quais fatores estão favorecendo o excesso de peso na criança. Mas o tratamento consiste nas mesmas indicações dadas para casos de obesidade em adultos, com exceção dos medicamentos. Uma alimentação saudável, rica em frutas e alimentos integrais e pobre em alimentos saturados, bolachas, salgadinhos e outros.
Também escolher uma atividade física que a criança goste de praticar e incentivá-la é essencial.

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